Resumo de “Ética a Nicômaco” – Aristóteles

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Introdução

“Ética a Nicômaco” é uma das obras mais importantes de Aristóteles, onde ele explora a natureza da felicidade e como os seres humanos podem alcançar a vida boa. O título se refere a Nicômaco, possivelmente o pai ou o filho de Aristóteles, a quem ele dedicou o trabalho.

Biblioteca de Alexandria - Livros
Resumo de "Ética a Nicômaco" - Aristóteles 2

Livro I: O Bem Supremo

Aristóteles começa discutindo o objetivo final da vida humana, que ele identifica como a felicidade (eudaimonia). Para ele, todas as ações humanas visam algum bem, mas o bem supremo é a felicidade, que é autossuficiente e final. A felicidade é alcançada através do exercício da virtude (areté).

Livro II: A Virtude Moral

Aristóteles distingue entre virtudes intelectuais e morais. As virtudes morais são adquiridas por hábito e prática, e não por natureza. Ele introduz o conceito de “justo meio” (mesotés), onde a virtude é um meio-termo entre dois extremos de excesso e deficiência. Por exemplo, a coragem é um meio-termo entre a covardia e a imprudência.

Livro III: Volição e Responsabilidade

Aristóteles examina a natureza da ação voluntária e involuntária. Ele argumenta que as ações voluntárias são aquelas realizadas com conhecimento e intenção. As ações involuntárias são aquelas realizadas por ignorância ou sob coação. A virtude envolve a escolha deliberada, baseada na razão e no conhecimento do bem.

Livro IV: As Virtudes Morais Específicas

Aristóteles descreve várias virtudes morais específicas, como a coragem, a temperança, a liberalidade, a magnanimidade e a justiça. Cada uma dessas virtudes é um meio-termo entre dois vícios opostos.

Livro V: Justiça

A justiça é dividida em justiça distributiva e corretiva. A justiça distributiva trata da distribuição proporcional de bens e honras, enquanto a justiça corretiva trata da correção de desequilíbrios em transações privadas. A justiça, segundo Aristóteles, é a virtude completa, porque envolve o relacionamento adequado com os outros.

Livro VI: Virtudes Intelectuais

Aristóteles distingue cinco virtudes intelectuais: technê (habilidade artística), episteme (conhecimento científico), phronesis (sabedoria prática), sophia (sabedoria) e nous (inteligência). A sabedoria prática (phronesis) é crucial para a virtude moral, pois envolve a deliberação correta sobre o que é bom para a vida humana.

Livro VII: Continência e Incontinência

Aristóteles discute a continência (enkrateia) e a incontinência (akrasia). A pessoa continente tem desejos que estão em conflito com a razão, mas é capaz de controlá-los. A pessoa incontinente, por outro lado, falha em controlar seus desejos, apesar de reconhecer o que é correto.

Livro VIII e IX: Amizade

A amizade é essencial para a vida boa, e Aristóteles identifica três tipos de amizade: a amizade baseada na utilidade, a amizade baseada no prazer e a amizade baseada na virtude. A amizade perfeita é aquela entre pessoas virtuosas que desejam o bem uma da outra por si mesmas.

Livro X: Prazer e Felicidade

Aristóteles conclui discutindo o papel do prazer e da contemplação na vida feliz. Ele argumenta que a felicidade última reside na atividade contemplativa (theoria), que é a expressão mais alta da razão humana e da virtude intelectual.

Conclusão

“Ética a Nicômaco” oferece uma visão abrangente da ética e da vida boa, enfatizando a importância da virtude, da razão e da amizade. A obra continua a ser uma referência fundamental na filosofia moral e ética.

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